A chegada de um bebê traz novas emoções e várias descobertas. Mas são necessários alguns cuidados para garantir a saúde tanto da mamãe quanto do pequenino, entre eles manter a vacinação em dia. A imunização deve acontecer durante a gestação e também nos primeiros dias após o nascimento, quando o bebê recebe anticorpos da mãe por meio da amamentação, e por isso pode ser protegido contra várias doenças mesmo sem ter sido vacinado.
Muitos desconhecem quais vacinas as mamães devem tomar. Abaixo estão aquelas indicadas por profissionais de saúde:
• Influenza; O vírus da gripe pode se manifestar mais severamente em grávidas, que têm seu sistema imunológico enfraquecido para evitar reações imunes do bebê. Por isso, desde 2011, gestantes e puérperas fazem parte das campanhas anuais de vacinação contra a gripe. Fique atenta, pois esse ano a campanha foi prorrogada até o dia 15 de junho. A vacina é indicada em qualquer fase da gravidez ou até 45 dias após o parto.
• Hepatite B: Essa é uma doença assintomática e que pode ter consequências graves caso se torne crônica, entre elas câncer de fígado. É muito importante que a mãe já esteja imunizada no, pois os recém-nascidos são mais propensos à contrair a forma crônica da doença, que pode ser transmitida durante a gestação ou durante o parto. Médicos recomendam que a mãe receba três doses da vacina a partir do segundo semestre de gravidez e que o bebê receba a primeira dose já nos primeiros dias de vida.
• Tríplice Bacteriana: Essa vacina protege contra difteria, tétano e coqueluche, doenças bacterianas que podem ser graves tanto para a mãe quanto para o bebê. A recomendação é que a gestante deve receba a vacina entre 27 e 36 semanas ou em até no máximo 20 dias antes da data prevista para o parto. Além disso, o recém-nascido deve começar a ser imunizado já no primeiro ano de vida.
Além dessas, algumas vacinas são indicadas em casos específicos, dependendo do quadro de saúde da gestante. Por isso, é importante verificar com seu médico se a imunização é necessária. São elas :
• Hepatite A: A vacina é considerada para as mulheres mais suscetíveis. Como a doença é transmitida por água e alimentos contaminados, mulheres que trabalham em creches, na área de saneamento básico ou na área de alimentação ou mesmo que residam em áreas com estrutura sanitária precária devem ser imunizadas. A recomendação é que a vacina ( disponível apenas na rede particular de saúde) seja aplicada a partir do segundo trimestre de gestação em duas doses, sem necessidade de reforço.
• Meningocócica Conjugada: A vacina é recomendada em casos de surto da doença ou para grávidas que nunca foram imunizadas ou que tenham sido vacinadas há mais de cinco anos. A imunização é indicada durante a gestação, quando surgir necessidade.
• Catapora: É recomendada para as mães que nunca tiveram a doença, pois ela se manifesta de forma mais, severa em adultos. Além disso, ela pode ter consequências gravíssimas para o bebê, entre elas malformações congênitas e morte intrauterina. A vacina está disponível apenas na rede particular e deve ser tomada em duas doses, depois que a mulher tenha dado à luz.
É preciso também ter atenção quanto ás vacinas que devem ser evitadas por gestantes e lactantes, como a Tríplice Viral e Febre Amarela. Esta última aliás, é recomendada em situações nas quais os riscos de contaminação superam os da imunização e mesmo assim é indicado que o aleitamento seja suspenso por 15 a 30 dias. Há também discussões sobre os benefícios da vacina contra o HPV, mesmo para mulheres já infectadas e/ou com mais de 26 anos de idade.
A maioria das vacinas citadas podem ser encontradas em postos de saúde da rede pública e também em instituições de saúde privados. Algumas delas não são indicadas para alérgicos a ovo, por isso é preciso conversar com seu médico a respeito. Vale lembrar que não apenas a mamãe, mas também o papai, familiares e pessoas que vão estar com o bebê nos primeiros dias devem estar com a imunização em dia!